segunda-feira, 11 de julho de 2011

Segurança : Farmácia não é banco!

Em São Paulo 222 farmácias foram assaltadas em 2010, e a tendência é de crescimento desses números. A principal motivação é o cofre cheio de dinheiro, não da venda de remédios, boa parte paga em cartões de crédito, mas de pagamentos de contas feitos nos seus caixas. Também levam remédios de fácil revenda, como anticoncepcionais, estimulantes sexuais e "bombas" para a galera da malhação.


Assim como nas loterias, os riscos de transações de natureza bancária estão sendo repassados, ao arrepio de toda a legislação do setor, seja de segurança ou trabalhista, para as farmácias. E também para os lojistas que aceitam nos seus estabelecimentos os caixas eletrônicos, que quando são explodidos levam também os arredores dos seus pontos, com grandes prejuízos.

E a solução? Aí aparece a mídia dizendo que está no maior policiamento ostensivo, na colocação de câmeras de segurança, de contratação de vigilantes, ou seja, custos para a sociedade, na forma de alocação de recursos de segurança pública para reduzir riscos de natureza bancária, ou nos gastos pelas empresas onde os serviços são feitos.

Coincidência: praticamente todos os telejornais têm patrocínios de bancos. As revistas de grande circulação também têm recheio de propaganda bancária. Com a terceirização do risco, os banqueiros conseguem reduzir seus custos com segurança e requalificam suas agências, reduzindo as áreas necessárias para filas, jogando fora o que chamam de "lixo bancário" (pessoas que não são clientes e vão lá só pagar contas, sem dar muito lucro), e apresentar fachada de escritório aos seus clientes.

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