O motivo das diversas Marchas das Vadias que acontecem pelo mundo é denunciar a impunidade em casos de estupros. Protesta contra a crença de que as mulheres que são vítimas de estupro, e que marcham contra o machismo, contando sobre os seus proprios casos de estupro. As mulheres durante a marcha usam não só roupas cotidianas, mas também roupas consideradas provocantes, como blusinhas transparentes, lingerie, saias, salto alto ou apenas o sutiã. No Brasil mais de 15 mil mulheres são estupradas todos os anos.
Neste ano o foco também foi o projeto de lei de natureza fundamentalista religiosa, o Estatuto do Nascituro, que visa acabar com o aborto até nas atuais condições previstas em lei hoje, até em casos de estupro, visando que a mulher violentada deixe nascer a criança. O estado daria a assistência psicológica e um auxílio, já apelidado de "bolsa-estupro", para as mulheres sem condições financeiras de criar o filho. O projeto tem a oposição da ONU e do governo Dilma, por se considerar que reduzirá ainda mais a liberdade das mulheres e aumentará o número de abortos ilegais, normalmente feitos em condições médicas inadequadas com riscos à saúde da mulher. Esse projeto também pode criar obstáculos à pesquisa com células-tronco humanas, que vêm trazendo esperanças para a cura de várias doenças.
"Além de ser criticado por incentivar vítimas de estupro a terem o bebê fruto de violência sexual, o projeto prevê que a mãe estabeleça vínculo com o autor do estupro.
O texto determina que, se identificado, o agressor seja obrigado a pagar pensão alimentícia à criança, o que pressupõe contato regular da mulher violentada com o criminoso. “Trata-se de uma violência à nossa dignidade. Além de dar status de paternidade ao estuprador, nos obriga a ter uma relação de proximidade com ele.
Ou seja, de alguma forma, legitima a violência sexual e remedeia a vítima ‘criminalizada’ com uma bolsa”, critica Jolúzia Batista, socióloga e assessora do CFEMEA (Centro Feminista de Estudos e Assessoria)." Fonte: Carta Capital - Artigo BOLSA ESTUPRO - QUANDO A VÍTIMA SE TORNA CRIMINOSA, de Marsilea Gombata.
A marcha, com 3.000 pessoas (contagem nossa), teve também como participantes o segmento GLBTTTem luta pelos seus direitos, em especial contra o projeto de "cura gay" do deputado Feliciano, ativistas pela regulamentação da mídia, feministas em diversas outras lutas e ciclistas querendo mais respeito e menos acidentes. Teve conflito com os organizadores da Marcha do Vinagre, que marcaram seu evento para o mesmo horário, resultando até em nota de repúdio.
No ato foi distribuída a nota "Nas ruas por igualdade, justiça social e democracia!", assinada por diversas entidades, que defende o direito das pessoas, grupos e partidos de se manifestarem nas ruas, lutando contra a criminalização da pobreza, da juventude e dos movimentos sociais, contra a forte repressão policial e alertando para o interesse crescente das forças de direita de se apropriar do movimento.
Neste ano o foco também foi o projeto de lei de natureza fundamentalista religiosa, o Estatuto do Nascituro, que visa acabar com o aborto até nas atuais condições previstas em lei hoje, até em casos de estupro, visando que a mulher violentada deixe nascer a criança. O estado daria a assistência psicológica e um auxílio, já apelidado de "bolsa-estupro", para as mulheres sem condições financeiras de criar o filho. O projeto tem a oposição da ONU e do governo Dilma, por se considerar que reduzirá ainda mais a liberdade das mulheres e aumentará o número de abortos ilegais, normalmente feitos em condições médicas inadequadas com riscos à saúde da mulher. Esse projeto também pode criar obstáculos à pesquisa com células-tronco humanas, que vêm trazendo esperanças para a cura de várias doenças.
"Além de ser criticado por incentivar vítimas de estupro a terem o bebê fruto de violência sexual, o projeto prevê que a mãe estabeleça vínculo com o autor do estupro.
O texto determina que, se identificado, o agressor seja obrigado a pagar pensão alimentícia à criança, o que pressupõe contato regular da mulher violentada com o criminoso. “Trata-se de uma violência à nossa dignidade. Além de dar status de paternidade ao estuprador, nos obriga a ter uma relação de proximidade com ele.
Ou seja, de alguma forma, legitima a violência sexual e remedeia a vítima ‘criminalizada’ com uma bolsa”, critica Jolúzia Batista, socióloga e assessora do CFEMEA (Centro Feminista de Estudos e Assessoria)." Fonte: Carta Capital - Artigo BOLSA ESTUPRO - QUANDO A VÍTIMA SE TORNA CRIMINOSA, de Marsilea Gombata.
A marcha, com 3.000 pessoas (contagem nossa), teve também como participantes o segmento GLBTTTem luta pelos seus direitos, em especial contra o projeto de "cura gay" do deputado Feliciano, ativistas pela regulamentação da mídia, feministas em diversas outras lutas e ciclistas querendo mais respeito e menos acidentes. Teve conflito com os organizadores da Marcha do Vinagre, que marcaram seu evento para o mesmo horário, resultando até em nota de repúdio.
No ato foi distribuída a nota "Nas ruas por igualdade, justiça social e democracia!", assinada por diversas entidades, que defende o direito das pessoas, grupos e partidos de se manifestarem nas ruas, lutando contra a criminalização da pobreza, da juventude e dos movimentos sociais, contra a forte repressão policial e alertando para o interesse crescente das forças de direita de se apropriar do movimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário