Quando a presidente Dilma propôs uma Constituinte com fins definidos para fazer a reforma política sabia o que fazia porque conhece bem o Congresso. A maior parte dos protestos nas ruas tem a ver com o legislativo que emperra matérias de relevante interesse como forma de cobrar concessões do executivo para fazer as coisas andarem. Aí vêm as chantagens de base aliada, querendo mais cargos, liberação de emendas parlamentares, etc. E outros pedindo mensalões para serem aliados.
Deixar com o Congresso a regulamentação do sistema político é como entregar ao lobo a tarefa de organizar a convenção de condomínio do galinheiro. Agora os nobres deputados e senadores, da base aliada e da oposição, com o apoio sempre fiel da mídia bandida, ameaçam colocar em discussão a reeleição como vingancinha em relação a Dilma por ter jogado a batata quente nas mãos deles, expondo às ruas que pouco tem a ver com a inoperância do Congresso. Uma jogada arriscada por alguns aspectos que cheiram a blefe.
Primeiro: Os atuais eleitos poderiam ser reeleitos, já que a regra é anterior? Nesse caso seria inócuo não apenas para Dilma, mas para todos os que pretendem se reeleger, ou seja, só valeria para governadores e presidente a partir de 2018 e para prefeitos em 2020.
Segundo: A oposição quer mesmo por em risco Alckmin, Anastasia e outros? E quer ver Lula de volta antes do previsto?
Nada disso. O movimento das ruas pisou na bola ao desprezar a proposta de Dilma, o que vem sendo aplaudido pela mídia que estava morrendo de medo de realmente se democratizar o sistema político. Dilma retirou a proposta que sequer foi entendida pelo PT, que já vinha propondo jogar um perfume no atual sistema político.
Os protestos conseguiram empurrar votações sem a necessidade de "toma lá, dá cá" tradicionais, por isso a questão dos royalties andou rápido. E a PEC 37 de contrabando, já que mesmo sendo razoável nos seus princípios de acabar com superpoderes ditatoriais do MP, apenas um pequeno punhado de deputados votou nela e agora se sujeita à humilhação pública.
A corporação congressual aposta no esfriamento do movimento e parece estar agindo apenas por inércia, ou seja, quem pressionou agora não sabe o que quer. Como cachorro que corre atrás de pneu e não sabe o que fazer quando o carro pára. Deputados e senadores, ao retomarem o "é dando que se recebe" depois de mostrarem serviço, demonstram que os ares que vieram das ruas estão dando lugar á tradicional poluição do poder político. Será que vamos perder esse momento histórico e ver mais uma conciliação pelos de cima, entregando anéis para não perder os dedos?
Deixar com o Congresso a regulamentação do sistema político é como entregar ao lobo a tarefa de organizar a convenção de condomínio do galinheiro. Agora os nobres deputados e senadores, da base aliada e da oposição, com o apoio sempre fiel da mídia bandida, ameaçam colocar em discussão a reeleição como vingancinha em relação a Dilma por ter jogado a batata quente nas mãos deles, expondo às ruas que pouco tem a ver com a inoperância do Congresso. Uma jogada arriscada por alguns aspectos que cheiram a blefe.
Primeiro: Os atuais eleitos poderiam ser reeleitos, já que a regra é anterior? Nesse caso seria inócuo não apenas para Dilma, mas para todos os que pretendem se reeleger, ou seja, só valeria para governadores e presidente a partir de 2018 e para prefeitos em 2020.
Segundo: A oposição quer mesmo por em risco Alckmin, Anastasia e outros? E quer ver Lula de volta antes do previsto?
Nada disso. O movimento das ruas pisou na bola ao desprezar a proposta de Dilma, o que vem sendo aplaudido pela mídia que estava morrendo de medo de realmente se democratizar o sistema político. Dilma retirou a proposta que sequer foi entendida pelo PT, que já vinha propondo jogar um perfume no atual sistema político.
Os protestos conseguiram empurrar votações sem a necessidade de "toma lá, dá cá" tradicionais, por isso a questão dos royalties andou rápido. E a PEC 37 de contrabando, já que mesmo sendo razoável nos seus princípios de acabar com superpoderes ditatoriais do MP, apenas um pequeno punhado de deputados votou nela e agora se sujeita à humilhação pública.
A corporação congressual aposta no esfriamento do movimento e parece estar agindo apenas por inércia, ou seja, quem pressionou agora não sabe o que quer. Como cachorro que corre atrás de pneu e não sabe o que fazer quando o carro pára. Deputados e senadores, ao retomarem o "é dando que se recebe" depois de mostrarem serviço, demonstram que os ares que vieram das ruas estão dando lugar á tradicional poluição do poder político. Será que vamos perder esse momento histórico e ver mais uma conciliação pelos de cima, entregando anéis para não perder os dedos?
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