Desde que a ex-ministra saiu do PT tem dados passos delicados no fio da navalha política. Seu grupo foi para o Partido Verde, que em geral é linha auxiliar do PSDB, junto com o PPS. Importantes lideranças do PV, como Fernando Gabeira, traíram sua candidatura à presidência, apoiando José Serra. Depois veio a "onda verde", movimento articulado de mídia com a direitona para tirar votos de Dilma e forçar o segundo turno, já que Marina tem influência sobre uma parte do eleitorado desgostoso do PT mas que não vota nos demo-tucanos de jeito nenhum.
Depois saiu do PV e buscou aliar-se a políticos de vários partidos individualmente para tentar criar um novo partido, que não sai do papel porque tem dificuldade de atingir o número legal de assinaturas exigido. Até na passeata anti-gay do bispo Silas Malafaia seus militantes foram pedir apoios. Nada mais normal para quem defendeu o pastor Feliciano recentemente e atacou o movimento LGBT que o confronta na Comissão de Direitos Humanos.
Qual a jogada do PSDB em apoiar a criação do novo partido de Marina? Ganhar em tudo. Um novo partido pode receber adesões de políticos eleitos sem que percam seus mandatos, o que sinaliza para a possibilidade de infidelidade na base aliada de Dilma. No próprio processo de criação há o enfrentamento com proposta de lei que limita a criação de novas legendas, atribuindo a Dilma e ao PT a intenção de impedir que Marina tenha um partido, vitimizando-a. Por fim, e principalmente, Marina tira votos de Dilma, e deverá ser muito útil à campanha da direita, com a qual vem se afinando cada vez mais. Na política não existe apoio grátis.
Esse movimento pendular de Marina e os malabarismos para conseguir um lugar ao sol tendo de um lado Aécio e do outro o reacionarismo evangélico associado à luta ambiental trazem à lembrança um verso famoso cantado por Elis Regina:
"Dança na corda bamba
De sombrinha
E em cada passo
Dessa linha
Pode se machucar..."
(A música de Aldir Blanc e João Bosco se chama "O Bêbado e a Equilibrista")
Depois saiu do PV e buscou aliar-se a políticos de vários partidos individualmente para tentar criar um novo partido, que não sai do papel porque tem dificuldade de atingir o número legal de assinaturas exigido. Até na passeata anti-gay do bispo Silas Malafaia seus militantes foram pedir apoios. Nada mais normal para quem defendeu o pastor Feliciano recentemente e atacou o movimento LGBT que o confronta na Comissão de Direitos Humanos.
Qual a jogada do PSDB em apoiar a criação do novo partido de Marina? Ganhar em tudo. Um novo partido pode receber adesões de políticos eleitos sem que percam seus mandatos, o que sinaliza para a possibilidade de infidelidade na base aliada de Dilma. No próprio processo de criação há o enfrentamento com proposta de lei que limita a criação de novas legendas, atribuindo a Dilma e ao PT a intenção de impedir que Marina tenha um partido, vitimizando-a. Por fim, e principalmente, Marina tira votos de Dilma, e deverá ser muito útil à campanha da direita, com a qual vem se afinando cada vez mais. Na política não existe apoio grátis.
Esse movimento pendular de Marina e os malabarismos para conseguir um lugar ao sol tendo de um lado Aécio e do outro o reacionarismo evangélico associado à luta ambiental trazem à lembrança um verso famoso cantado por Elis Regina:
"Dança na corda bamba
De sombrinha
E em cada passo
Dessa linha
Pode se machucar..."
(A música de Aldir Blanc e João Bosco se chama "O Bêbado e a Equilibrista")
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